Desemprego tem queda em 22 estados no 2º trimestre de 2022
12/08/2022
A taxa de desocupação apresentou queda em 22 unidades da
federação no 2º trimestre de 2022, frente ao tri anterior, refletindo a
redução, disseminada nos estados, do índice nacional de 11,1% para 9,3% no
período. Outros cinco estados registraram estabilidade. Os dados são da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua)
Trimestral, divulgada hoje (12) pelo IBGE. Já no confronto anual, contra o 2º
trimestre de 2021, todas as 27 UFs tiveram queda significativa da taxa de
desocupação.
O estado do Tocantins registrou o maior recuo do 1º para o
2º tri: menos 3,8 pontos percentual (p.p.), seguido por Pernambuco (3,5 p.p.)
Alagoas, Pará, Piauí e Acre também se destacaram, com quedas de cerca de 3 p.p.
nos quatro estados.
Nas grandes regiões, houve redução da taxa do 1º para o 2º
tri, com o Nordeste registrando a maior taxa de desocupação: 12,7%. A região
também abriga os três estados com maior índice de desemprego: Bahia (15,5%),
Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). Já as menores taxas foram em Santa
Catarina (3,9%), no Mato Grosso (4,4%) e no Mato Grosso do Sul (5,2%).
Registraram estabilidade o Distrito Federal, o Amapá, o Ceará, o Mato Grosso e
Rondônia.
A PNAD Contínua Trimestral mostra que, no 2º trimestre de
2022, 73,3% dos empregados do setor privado tiveram a carteira assinada,
destaque para Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%). Na
parte debaixo do ranking ficaram Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará
(51,0%).
Desocupação entre
mulheres e entre pessoas pretas e pardas permanece acima da média nacional
A PNAD Contínua Trimestral mostra, também, que enquanto as
taxas de desocupação das pessoas brancas (7,3%) e de homens (7,5%) ficaram
abaixo da média nacional (9,3%), as das mulheres (11,6%) e de pessoas pretas (11,3%)
e pardas (10,8%) continuaram mais altas no 2º trimestre deste ano.
A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana
Beringuy, pondera que, apesar da queda generalizada na taxa de desocupação em
diversos recortes, a distância entre homens e mulheres ainda é grande. “A queda
foi maior entre as mulheres (2,2 p.p. contra 1,6 p.p. dos homens), porém, não
foi o suficiente para diminuir a distância entre eles. A taxa das mulheres é
54,7% maior que a dos homens”, afirma.
O recuo disseminado da taxa de desocupação também atingiu o
recorte cor ou raça. “Mas a taxa em relação aos pretos e pardos em relação aos
brancos aumentou”, explica Beringuy.
No recorte por idade, a taxa de desocupação de jovens de 18
a 24 anos recuou. Era 22,8% no 1º tri e foi para 19,3% no 2º trimestre. “Foi,
entre as faixas etárias, onde mais caiu. Mas ainda sim, é uma taxa bastante
elevada, bem acima da média”, diz.
Rendimento cai no
Sul, Sudeste e Nordeste na comparação anual
No 2º trimestre deste ano, o rendimento médio mensal
recebido pelos trabalhadores foi estimado em R$ 2.652, demonstrando
estabilidade na comparação com ao 1º tri de 2022 (R$ 2.625). Entretanto, esse
valor é 5,1% menor do que o percebido no 2º trimestre de 2021 (R$ 2.794).
Comparando com o tri anterior, todas as regiões apresentaram
estabilidade. Já no confronto anual, Nordeste, Sul e Sudeste tiveram queda.
Mais sobre a pesquisa
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento
da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil
corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores
trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de
coleta de mais de 500 agências do IBGE.
Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a
coleta de informações da pesquisa por telefone desde 17 de março de 2020. É
possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou
via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF
do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante. Consulte os
dados da PNAD no Sidra.
Fonte e Foto: Agência IBGE